Dia da Sobrecarga da Terra chega mais cedo em 2019 e alerta para grave déficit ecológico


Assinalada, este ano, em 29 de julho, a data joga luz sobre o consumo excessivo dos recursos renováveis do planeta

Suponha um cenário em que todos os recursos renováveis do planeta – água, ar limpo, terra, madeira, minérios –, disponíveis para serem consumidos ao longo de um ano, se esgotassem em apenas sete meses. Agora, imagine que essa perspectiva deixou de ser uma sombria suposição para se tornar uma realidade. É sobre este panorama que o Dia da Sobrecarga da Terra pretende jogar luz. Este ano, nós entramos no “cheque especial ambiental” ainda mais cedo, em 29 de julho. Isso significa que, atualmente, a humanidade tem consumido o equivalente a 1,75 planetas Terra.

Como podemos mover a data (#MoveTheDate) da Sobrecarga da Terra?

Hoje, as emissões de carbono, responsáveis por causar o efeito estufa, representam 60% da do déficit ambiental, intitulado “Pegada Ecológica”. Por isso, iniciativas neste sentido, como é o caso do nosso Programa Natura Carbono Neutro, são fundamentais. Desde 2007, focamos em reduzir os gases do efeito estufa gerados em nossa cadeia de valor – desde a extração da matéria-prima, passando por toda a produção e entrega de nossos produtos, até o descarte.

A implementação de melhorias em nossos processos desde o início do programa, nos ajudou a evitar 21% das emissões de carbono em 2018. Se não tivéssemos nenhum projeto de redução, teríamos emitido, só nesse ano, 88.422 toneladas de carbono a mais do que o ano anterior – esse valor equivale a 15.195 voltas na Terra por um carro popular. Além disso, toda a quantia que não conseguimos reduzir, neutralizamos nos países de atuação da Natura, com projetos de crédito de carbono, que proporcionam impactos socioambientais positivos.

Você também pode ajudar a mover o Dia da Sobrecarga da Terra. Se a população mundial se movimentasse em conjunto para reduzir 50% do impacto da emissão de carbono no meio ambiente, a data avançaria para 93 dias depois. O impacto é enorme! Se ela fosse adiada em 5 dias todos os anos, seria possível, em 2050, retornar ao nível em que usávamos os recursos de um só planeta.

Algumas ideias sugeridas para #movethedate:

• Substituir 50% do consumo de carne por uma dieta vegetariana;

• Questionar como os produtos que você consome são produzidos.;

• Reduzir o desperdício alimentar;

• Priorizar o transporte público, caronas ou bicicleta;

• Dar destino certo ao próprio lixo.

A Global Footprint Network, rede ambientalista norte-americana responsável pelo cálculo, também recomenda que a população exija que empresas e governos façam a sua parte, gerindo seus recursos naturais de forma mais responsável. “Em última análise, a atividade humana será equilibrada com os recursos ecológicos da Terra. A questão é se escolhemos chegar lá por desastre ou por planejamento, se preferimos a miséria ou a prosperidade de um planeta”, declarou em comunicado oficial Mathis Wackernagel, fundador da rede.

O que mais uma marca de beleza pode fazer para mover a data?

Além do Programa Natura Carbono Neutro, contribuímos para diminuir a sobrecarga da Terra optando por embalagens sustentáveis e reforçando a causa “Mais Beleza, Menos Lixo”. Desde 1983, nós oferecemos refis de nossos produtos. Com essa medida, evitamos descartar por ano o volume de lixo produzido por 3,5 milhões de pessoas em um único dia. Também reutilizamos 432 toneladas de plástico das embalagens de nossos cosméticos, impedindo que nove milhões de garrafas PET deixem de ir para o lixo. E na perfumaria, fomos pioneiros ao adotar frascos produzidos com até 30% de vidro reciclado pós-consumo.

Desde 2000, a floresta em pé se tornou um compromisso firmado por nós com a Amazônia. Hoje já são 1,8 milhão de hectares que contribuímos para conservar junto a uma rede de parceiros. O número é 12 vezes o tamanho da cidade de São Paulo, 14 da cidade do Rio de Janeiro e quase 26 vezes o tamanho de Salvador. Floresta em pé é priprioca, ucuuba, patauá, murumuru e outros bioativos extraídos de forma sustentável. É gerar renda para 4,6 mil famílias, é construir um centro tecnológico no meio da floresta, definir um preço justo junto às comunidades, distribuir lucros, repartir benefícios e reconhecer o valor do conhecimento tradicional.

A Amazônia é um dos lugares mais importantes da Terra. Ela nos ajuda a lembrar que somos um só: pessoas, floresta, planeta! Não vivemos um sem o outro.

Como surgiu o Dia da Sobrecarga da Terra?

A primeira vez em que o planeta entrou em déficit ecológico foi em 1970, quando descobriu-se que havíamos gasto mais recursos naturais e emitido mais gases do efeito estufa do que a capacidade de regeneração da Terra. De lá para cá, nunca mais saímos do “vermelho”. Nos últimos 20 anos, essa data já se antecipou em três meses. O resultado de 2019 é o pior já registrado - se comparado a 2018, aconteceu três dias antes.

O cálculo da “Pegada Ecológica” é feito pela rede ambientalista norte-americana Global Footprint Network em parceria com ONGs que se dedicam ao tema, como o WWF (World Wildlife Foundation), e autoridades de inúmeros países. Ele se baseia na área biologicamente produtiva capaz de suportar as necessidades de um indivíduo ou de uma população em termos de alimentação, produtos florestais, emissões de carbono e áreas disponíveis para infraestrutura.

E os custos desse excesso tem sido cada vez mais evidentes, sob forma de desmatamento, erosão de solos, perda da biodiversidade, aumento da camada de ozônio, mudanças climáticas, secas, incêndios e outros desastres naturais.

Daí a importância de adotar novos hábitos para a construção de um mundo mais bonito.

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